Segredos e Mentiras


FILME: Segredos e Mentiras
(Secrets and Lies, Reino Unido, 1996, 142 min)

 

Reunião dia: 25.04.2021
Nota atribuída pelo grupo:
8,85


Direção e Roteiro: Mike Leigh

 

Elenco: Brenda Blethyn (Cynthia), Marianne Jean-Baptiste (Hortense), Timothy Spall (Maurice), Phyllis Logan (Monica), Claire Rushbrook (Roxanne), Elizabeth Berrington (Jane), Michele Austin (Dionne), Lee Ross (Paul).


Sinopse: Hortense é uma optometrista bem-sucedida, com uma vida razoavelmente equilibrada. Ela sabe que foi adotada. Quando seus pais adotivos morrem, ela decide procurar sua mãe biológica. Ela não sabe que essa busca vai desvelar histórias escondidas de uma família disfuncional.
O filme foi um dos concorrentes da Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes de 1996, onde ganhou três prêmios, incluindo o de Melhor Atriz para Brenda Blethyn e a Palma de Ouro. Aclamado pela crítica, o filme ganhou inúmeros outros prêmios, incluindo o Prêmio Goya de Melhor Filme Europeu. Na 50.ª edição do British Academy Film Awards, o filme recebeu sete indicações, ganhando o prêmio de Melhor Filme Britânico e Melhor Roteiro Original. Também recebeu cinco indicações ao Oscar: Melhor Filme (Simon Channing-Williams), Diretor (Mike Leigh), Atriz (Brenda Blethyn), Atriz Coadjuvante (Marianne Jean-Baptiste) e Roteiro Original. Blethyn também ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz em filme dramático por sua interpretação.

 

Sobre o Diretor:

Mike Leigh nasceu em 20 de fevereiro de 1943, em Welwyn Garden City, uma cidade planejada cerca de 30 km ao norte de Londres. Seu pai era médico e, na época, estava servindo ao exército. Seus avós paternos eram imigrantes judeus russos. O nome da família originalmente era Lieberman, mas foi mudado quando a guerra começou. Desde pequeno, Mike se interessou por diversas formas de arte e comunicação, como pintura, teatro, rádio e, principalmente, cinema. Em 1960, contrariando os desejos de seu pai, Mike ganhou uma bolsa de estudos na Royal Academy of Dramatic Art, mas não gostou do seu método. Logo, ele frequentou a East 15 Acting School, onde aperfeiçoou seu talento de diretor teatral. Em 1963, transferiu-se para a Camberwell School of Arts and Crafts, a Central School of Art and Design e a London School of Film Technique. Em Londres, Mike foi influenciado por filmes e peças experimentais. Em 1965, Mike Leigh conduziu uma experiência ao criar a peça The Box Play, que foi sendo escrita ao mesmo tempo em que era ensaiada, incorporando sugestões e improvisações dos atores. Em 1971, Mike dirigiu seu primeiro filme, Bleak Moments, mas não gostou da experiência e passou os anos seguintes se dedicando ao teatro e à televisão. Além escrever novas peças para TV, algumas de suas peças foram adaptadas para esse meio. Somente 17 anos depois ele voltou a dirigir outro filme, High Hopes (1988), que recebeu o prêmio FIPRESCI no Festival de Veneza. Seguiram-se A Vida é Doce (1990); Nu (1993), que ganhou os prêmios de Melhor Ator para David Thewlis e Melhor Diretor no Festival de Cannes; Segredos e Mentiras (1996), Palma de Ouro em Cannes; Simplesmente Amigas (1997); Topsy-Turvy: O Espetáculo (1999), que rendeu um prêmio para o ator Jim Broadbent no Festival de Veneza, além de 2 Oscars para Figurino e Maquiagem; Agora ou Nunca (2002); O Segredo de Vera Drake (2004), Leão de Ouro para o diretor em Veneza; Simplesmente Feliz (2008), ganhou o Urso de Prata de Melhor Atriz para Sally Hawkins no Festival de Berlim; Um Ano Mais (2010); Sr. Turner (2014), Melhor Ator para Timothy Spall em Cannes; e seu filme mais recente Peterloo (2018). Mike Leigh foi o roteirista em todos os seus filmes. Inspirado em sua experiência teatral, ele escreve seus roteiros sempre com a colaboração dos atores, durante os ensaios.

Filmes discutidos pelo Grupo Cinema Paradiso: Agora ou Nunca, O Segredo de Vera Drake, Mais um ano, respectivamente em reuniões nos anos de 2003, 2005 e 2014.


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