O Último Azul (Brasil, México,
Chile, Holanda, 2025, 87 min)
Direção:
Gabriel Mascaro
Roteiro: Gabriel Mascaro e Tibério Azul
Elenco: Denise Weinberg (Tereza), Rodrigo Santoro (Cadu), Miriam Socarrás
(Roberta), Adanilo Reis (Ludemir), Rosa Malagueta (Esmeraldina), Clarissa
Pinheiro (Joana), Isabela Catão (Vanessa), Tony Ferreira (Arlindo), entre
outros.
Sinopse: O futuro chegou no país do futuro. Agora, o generoso governo
homenageia e premia as pessoas que completam 75 anos de idade. Depois de tantos
anos contribuindo para o desenvolvimento do país, elas têm o direito de passar o
resto de suas vidas em um tranquilo retiro no meio da Amazônia, cercado de
natureza, paz e ar puro. Podem relaxar e descansar, fazer novos amigos e, quem
sabe, até encontrar um novo amor. Enquanto isso, seus familiares mais jovens
podem trabalhar sem se preocupar em cuidar dos idosos. É um direito conquistado.
Um direito mais que merecido. Mas quem abdicar desse direito será preso e levado
compulsoriamente para a colônia de repouso. Quem ajudar um idoso pode receber
uma pesada multa. Tereza já tem 77 anos e se recusa a desfrutar desse direito.
Sobre o diretor: Nascido em 24 de setembro de 1983, Gabriel Mascaro é
cineasta, fotógrafo e artista plástico pernambucano. Fez alguns curtas
metragens, como Gaiola (2007), A Aventura de Paulo Bruscky
(2010) e A Onda Traz, O Vento Leva (2012). No início da carreira, dirigiu
alguns documentários, como KFZ-1348 (2008, codirigido por Marcelo
Pedroso), que recebeu o Prêmio Especial do Júri na 32ª Mostra Internacional de
Cinema de São Paulo. E outros: Um Lugar ao Sol (2009), Avenida Brasília
Formosa (2010) e Doméstica (2012). Seu primeiro longa de
ficção foi o interessantíssimo Ventos de Agosto (2014). Tornou-se
mais conhecido após o lançamento de Boi Neon (2015), que estreou
no 72º Festival de Veneza, onde ganhou o Prêmio Especial do Júri, e em vários
outros importantes festivais de cinema. Em dezembro de 2016, Boi Neon entrou na
lista dos 10 Melhores Filmes do Ano no New York Times. Inicia seus filmes
futuristas com Divino Amor (2019), discutido pelo Grupo Cinema
Paradiso, que teve estreia mundial nos festivais de Sundance e Berlim e ganhou
vários prêmios internacionais. Com mais uma ficção científica distópica, O
Último Azul estreou na Mostra Competitiva do Festival de Berlim 2025,
levando três prêmios: dois prêmios de júris independentes (melhor filme pelo
júri ecumênico e o prêmio de público do jornal Berliner Morgenpost) e o Urso de
Prata do Grande Prêmio do Júri. No festival de Guadalajara, Gabriel Mascaro
ganhou como melhor diretor de filme ibero-americano e Denise Weinberg ganhou o
prêmio de melhor atriz.
Como artista plástico, também realizou uma instalação chamada Não é Sobre
Sapatos e uma série fotográfica com o título Desamar.