O Beijo da Mulher Aranha

FILME: O Beijo da Mulher Aranha
(Kiss of the Spider Woman, Brasil/EUA, 1986, 112 min)

 

Reunião dia: 20.06.21
Nota atribuída pelo grupo:
9,58

Direção: Hector Babenco
Roteiro:
Leonard Schrader, baseado no romance homônimo de Manuel Puig

 

Elenco: William Hurt (Molina), Raul Julia (Valentin), Sonia Braga (a Mulher Aranha), Denise Dumont, Fernando Torres, Herson Capri, José Lewgoy, Miguel Falabella, Milton Gonçalves, Miriam Pires, Nildo Parente, Nuno Leal Maia e Patrício Bisso.


Sinopse: Em uma prisão na América do Sul, dois prisioneiros dividem a mesma cela. Molina (William Hurt) é homossexual e condenado por corrupção de menores. Valentin (Raul Julia) é um prisioneiro político, que é torturado para delatar seus companheiros. Molina, para suportar a prisão, inventa filmes cheios de mistério e romance, distraindo também seu companheiro de cela. A enorme diferença entre os dois se transforma, tecida pela história do beijo da mulher aranha, em cumplicidade, mistério e aventura. O filme foi indicado a muitos prêmios internacionais, ganhando alguns deles. No Oscar de 1986, foi indicado a melhor direção, melhor filme, melhor roteiro adaptado e melhor ator para William Hurt (que venceu). William Hurt também venceu a Palma de Ouro e o Bafta. O filme também foi indicado à Palma de Ouro em Cannes (1985).
 

Sobre o Diretor:

Hector Eduardo Babenco nasceu em Mar Del Plata, Argentina, em 07/02/1946. Naturalizou-se brasileiro em 1977. Seu primeiro filme foi O Rei da Noite (1975) e logo depois realiza um dos mais contundentes filmes de denúncia contra a violência do período da ditadura militar: Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia (1977), que ganhou o prêmio de público da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Seu terceiro filme ganha ainda mais repercussão no Brasil e no exterior: Pixote a Lei do Mais Fraco (1980). A partir da década de 1980, Babenco investe em coproduções com os EUA, como foi o caso de O Beijo da Mulher Aranha (1984) que é falado e inglês e tem como protagonistas dois grandes atores estadunidenses: Raul Julia e William Hurt, que ganhou o Oscar de melhor ator por este filme. Babenco foi indicado a melhor direção.
Seus filmes seguintes também são coproduções, como Ironweed (1987), com Meryl Streep e Jack Nicholson e Brincando nos Campos do Senhor (1990), com John Lithgow, Tom Berenger, Tom Waits e Kathy Bates, entre outros.
Nesta época, Babenco começa a travar sua luta contra um câncer linfático, curado após um um transplante de medula óssea.
Seu filme seguinte é uma coprodução com a França e Argentina, com toques autobiográficos: Coração Iluminado (1998), com Maria Luísa Mendonça, Norma Alejandro, Xuxa Lopes e outros. Em 2003, volta-se novamente para as feridas sociais do Brasil com Carandiru (2003), inspirado nos relatos do Dr. Dráusio Varella sobre os presos, realiza uma grande produção, que alcança uma das maiores bilheterias da história do cinema brasileiro. Carandiru traz também um elenco primoroso: Ailton Graça, Gero Camilo, Luis Carlos Vasconcelos, Rodrigo Santoro, Milton Gonçalves, Wagner Moura, Lázaro Ramos, Caio Blat, entre outros. Depois realiza Pixote In Memoriam (2006) e nova coprodução com a Argentina: O Passado (2007), tendo Gael Garcia Bernal como protagonista e, por fim, o filme Meu Amigo Hindu (2016), novamente coprodução com EUA, quase um filme-testamento, com Willem Dafoe, Rio Adlakha, Maria Fernanda Cândido, Selton Mello, Bárbara Paz, entre outros. Babenco faleceu em 13 de julho de 2016.

A atriz Bárbara Paz foi sua esposa de 2010 a 2016. Em 2019, ela dirigiu o documentário Babenco - Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, que ganhou o prêmio de melhor documentário e da crítica independente no Festival Internacional de Cinema de Veneza.

Filmes discutidos pelos Grupo Cinema Paradiso: O Passado, Carandiru, Coração Iluminado respectivamente em 2005, 2003 e 1998.


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