Umberto D.


FILME: Umberto D.
(Umberto D., Itália, 1952, 91 min)

 

Reunião dia: 10.10.2021


Direção: Vittorio De Sica

Roteiro: Vittorio De Sica e Cesare Zavattini

 

Elenco: Carlo Battisti (Umberto Domenico Ferrari), Maria-Pia Casilio (Maria), Lina Gennari (Antonia Belloni).


Sinopse: Anos 50, Roma. A Itália e toda a Europa vive a miséria do pós-guerra: desemprego, fome, muita gente não tem onde morar. Essa situação afeta crianças, mulheres, moços e também os velhos. A aposentadoria de Umberto Domenico Ferrari (Carlo Battisti) mal dá para seu sustento e ele está atrasado com o aluguel do quarto onde mora com Flik, sua cachorrinha. Além de Flik, sua única amiga é a jovem Maria (Maria-Pia Casilio), empregada na pensão onde ele mora e tão fragilizada quanto ele. Umberto D. recebe um ultimato da dona do quarto: ou paga o que deve ou será despejado.

 

Sobre o Diretor:

Vittorio De Sica nasceu em 7 de julho de 1901, em Sora, região do Lazio, Itália. Cresceu em Nápoles. Além de diretor, foi também um grande ator;
No imdb, constam 162 filmes em que ele trabalhou como ator; 36, como diretor; 23, como roteirista e 8, como produtor. Os primeiros filmes que ele dirigiu foram: Rosa Scarlatte (1940), Madalena, Zero de Comportamento (1940), Teresa Venerdi (1941), Um Garibaldino al Convento (1942), A Culpa dos Pais (1942) e A Porta do Céu (1945).
A Culpa dos Pais é considerado um dos precursores do Neorrealismo Italiano. De Sicca integrou o grupo de cineastas de esquerda em torno da Revista Cinema, que, curiosamente, era dirigida pelo filho de Mussollini. Seu primeiro filme explicitamente neorrealista é Vítimas da Tormenta (Sciuscià, 1946), depois realizou Cuore (1948) e seu maior sucesso Ladrões de Bicicleta (1948). Antes de Umberto D., realizou ainda outro sucesso Milagre em Milão (1951) e em seguida Umberto D. (1952), que é sua obra predileta.
O Neorrealismo Italiano, como todo movimento, manteve suas características principais por alguns anos. Depois de um tempo, é natural que cada cineasta siga caminhos diversos. De Sicca dirigiu muitas comédias e muitos dramas, como Quando a Mulher erra (1953), O Ouro de Nápoles (1954), O Teto (1956), Anna di Brooklyn (1958), Duas Mulheres (1960), O Juízo Universal (1961), Bocaccio 70 (1962, é um dos diretores), O Condenado de Altona (1962), Ontem, Hoje e Amanhã (1963), Matrimônio à Italiana (1964), Os Girassóis da Rússia (1970), O Jardim dos Finzi-Contini (1971) e Até que o Divórcio nos separe (1972).

De Sica nem sempre conseguia financiamento para dirigir seus filmes, então, nunca deixou de atuar, para poder se sustentar. Uma de suas atuações memoráveis foi no filme De Crápula a Herói (Il Generale della Rovere, 1959), dirigido por seu amigo Roberto Rossellini, que lhe rendeu o prêmio Golden Gate de melhor ator.
Faleceu em 13 de novembro de 1974, em Neuilly-sur-Seine, França

Alguns prêmios importantes dos filmes de De Sica:
Ladrões de Bicicleta (1948) ganhou o Prémio Especial do Júri no Festival de Locarno, na Suíça.
Ganhou por duas vezes o Prémio Bodil de melhor filme europeu, por Ladrões de Bicicleta, em 1951, e Umberto D. em 1955.
Milagre em Milão (1951) ganhou o grande prêmio do júri no Festival de Cannes.
O Teto (1956) ganhou o Prémio OCIC no Festival de Cannes.
Duas Mulheres (1960) rendeu o Oscar de melhor atriz para Sophia Loren;
Ontem, Hoje e Amanhã (1963), comédia em episódios com Sophia Loren e Marcello Mastroianni, ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro.
O Jardim dos Finzi-Contini (1971) ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro, Bafta de melhor filme e Urso de Ouro em Berlim.

• Saiba mais sobre o que foi o Neorrealismo Italiano no artigo de Cláudia Mogadouro:
http://www.grupocinemaparadiso.com.br/2016/10/neorrealismo-italiano-o-movimento-que.html


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