TICK…TICK…BOOOM! E O QUE A BROADWAY PODE TER

11.03.2022

Por Raquel Foresti

Quando você ouve a palavra América, quais ideias você tem? Empire, racism, genocide, Vietnam, Grover Cleveland! Num brainstorm de uma sala asséptica da indústria da publicidade, esta cena grita quem é Jonathan Larson em NY, aquele que grita que ninguém é feliz em NY.

Ninguém gosta do imperialismo cultural americano (estadunidense!!), da indústria de entretenimento que avança o mundo e nos faz incapaz de conhecer as nossas obras, nossas particularidades, nossa própria produção e a de outros lugares do mundo que não a América (USA!). Mas o que tenho para mim é que o lugar onde Nina Simone, Bob Dylan e Angela Davis podem nos contar mais sobre aquele lugar para além do Império, o que vale a pena olhar. Agora, poderia acrescentar na minha lista, por conta do filme, Jonathan Larson.

O teatro musical, no estereótipo, é o chama-turista da Broadway, dinheiro fácil a la Las Vegas. A gente conhece a qualidade altíssima dos artistas envolvidos mas, por causa exatamente do Empire, racism, genocide, Vietnam, Grover Cleveland torcemos o nariz pensando se naquela rua há autenticidade, histórias a serem contadas e arte.

Eu ainda vou precisar ver e ler a obra de Larson mas, fui convencida pelo filme que naquele lugar - eventualmente - aquilo que vemos e aprendemos em Nina Simone, Bob Dylan e Angela Davis pode acontecer.

Andrew Garfield em cena de Tick, Tick... Boom - Foto Divulgação

TICK, TICK... BOOM (EUA, 2021)
Direção: Lin-Manuel Miranda
Baseado no espetáculo auto-biográfico de Jonathan Larson Tick, Tick, Boom
Elenco: Andrew Garfield (Jonathan Larson), Vanessa Hudgens, Alexandra Shipp, Robin de Jesús, Jordan Fisher, Joshua Henry, Bradley Whitford e outros.

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