LANÇAMENTOS

Filme lançado em circuito comercial no Brasil em 23/02/2023
 

Mato Seco em Chamas
Brasil/Portugal, 2022, 153 min.

Direção e Roteiro: Adirley Queirós e Joana Pimenta

 

Elenco: Joana Darc Furtado, Andreia Vieira, Gleide Firmino, Léa Alves, Mara Alves, entre outros.

 

Sinopse: O novo filme do incendiário diretor brasiliense Adirley Queirós, codirigido com a portuguesa Joana Pimenta, é todo passado na cidade satélite de Ceilândia (DF) e interpretado por ex-presidiárias. Fala de um futuro não muito distante com uma realidade muito presente: a de um Brasil beirando o fascismo, com a extrema direita ameaçando tomar o poder e o caos instalado nas comunidades empobrecidas do país. O subsolo da favela Sol Nascente é rico em petróleo, que se torna moeda de troca entre gangues rivais. Uma líder local, a gasolineira Chitara, se junta à irmã Léa para garantir seu negócio de venda de gasolina aos motoqueiros da região. Um intenso e tenso docudrama (que mistura documentário e ficção) para contar a história de uma nação pegando fogo e que está longe de extinguir suas chamas. Mato Seco em Chamas ganhou prêmios em vários festivais no exterior, entre eles o Festival Avant-Garde de Atenas, o IndieLisboa, o Cinéma du Réel na França, o Festival de Mar del Plata, além do prêmio de melhor fotografia no Festival do Rio de 2022.
 

Sobre o diretor: Adirley Queirós é o terceiro dos seis filhos de um casal de migrantes de Minas Gerais que ao final dos anos 1960 se instalou no interior de Goiás, de onde foi expulso por um latifundiário, rumando para Brasília no início dos anos 1970, época em que a nova capital era tida como um Eldorado de oportunidades. Quando a família chegou ao Distrito Federal, Adirley Queirós tinha apenas três anos, a mesma idade da recém-criada cidade-satélite de Ceilândia, para onde o casal e seus filhos se mudaram definitivamente, ao serem sorteados para adquirir um lote a custos módicos.
Adirley Queirós se tornou jogador de futebol ainda em sua adolescência, tendo atuado em clubes de segunda e terceira divisão do Distrito Federal por pouco mais de dez anos, quando uma contusão o obrigou a deixar o esporte precocemente. Desempregado e sem formação universitária, passou a dar aulas de reforço de matemática, física e química, o que o ajudou tanto a tornar-se funcionário público em um hospital quanto a ser admitido, aos 28 anos, no curso de comunicação (com ênfase em cinema) da Universidade de Brasília. Seu primeiro curta-metragem, Rap, o canto da Ceilândia (2005), pelo qual recebeu diversos prêmios, foi seu trabalho de conclusão de curso. Seus longas-metragens anteriores A cidade é uma só? (2011), Branco sai, preto fica (2014) e Era uma vez Brasília (2017) também foram premiados em importantes festivais no Brasil e no mundo.

Para ir mais além
Leia a crítica de Pedro Machado sobre o filme Mato Seco em Chamas publicada no blog Club do Filme:
https://clubdofilme.com.br/mato-seco-em-chamas/

 

E leia a crítica de Bruno Carmelo publicada no blog Papo de Cinema:
https://www.papodecinema.com.br/filmes/mato-seco-em-chamas/


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