Atlantique

FILME: Atlantique
(Atlantics, Senegal, França e Bélgica, 2019, 106 min)

Reunião dia: 19.07.2020 (reunião virtual)
Nota atribuída pelo grupo:
8,16

Direção: Mati Diop

 

Roteiro: Mati Diop e Olivier Demangel

Elenco: Mame Bineta Sane (Ada), Amadou Mbow (Issa), Ibrahima Traoré (Souleiman)

 

Sinopse: Em Dacar, capital do Senegal, Ada e Souleiman estão apaixonados, mas é um amor impossível. Ele é um dos operários que trabalham na construção de uma torre gigantesca. Apesar do suntuoso empreendimento, os trabalhadores estão há meses sem receber salários. Por outro lado, a família de Ada prepara o casamento dela com Issa, um homem rico que poderá sustentá-la melhor que um operário braçal. Em segredo, um grupo dos operários – Souleiman entre eles – prepara uma ação perigosa e desesperada em busca de melhores condições de trabalho. Fatos estranhos começam a acontecer com parentes e amigos desses operários.

 

Sobre a Diretora: Mati Diop nasceu em 22 de junho de 1982, em Paris, França. Seu pai é o músico Wasis Diop, famoso por popularizar a música tradicional senegalesa ao misturá-la com jazz e pop, além de participar da trilha sonora de alguns filmes; sua mãe é uma negociante de arte francesa. O irmão de Wasis, tio de Mati, era Djibril Diop Mambéty, um dos cineastas mais importantes do Senegal, que dirigiu Touki Bouki – A Viagem da Hiena (1973) e Hienas (1992). Bastante influenciado pelo tio, Mati seguiu carreira no cinema. Estreou como atriz em 35 Doses de Rum (2008), dirigido por Claire Denis. Dirigiu seu primeiro filme em seguida, o documentário Atlânticos (Atlantiques, 2009) que foi premiado como Melhor Curta-metragem no Festival de Roterdã. Seguiram-se os curtas Snow Canon (2011) e Big in Vietnam (2012); o documentário média-metragem Mille Soleils (2013), uma homenagem ao ator Magaye Niang, protagonista de Touki Bouki – A Viagem da Hiena; o curta Les 18 du 57, Boulevard de Strasbourg (2014), de pouco mais de 3 minutos, foi assinado por um coletivo de 172 cineastas, incluindo Mati Diop, Costa-Gavras, François Ozon, Céline Sciamma, entre outros; Liberian Boy (2015), co-dirigido por Manon Lutanie; e seu primeiro longa, Atlantique, inspirado em seu primeiro curta. Com esse filme, Mati Diop se tornou a primeira cineasta negra a concorrer à Palma de Ouro na competição principal do festival de Cannes. Não ganhou a Palma, mas foi laureada com o Grande Prêmio do Júri. Paralelamente, Mati continua a trabalhar como atriz.


◄ VOLTAR   |   RANKING 2020 ►

0 comentários: