Cidadão Kane

FILME: Cidadão Kane
(Citizen Kane, EUA, 1941, 119 min)

Reunião dia: 22.11.2020 (reunião virtual)
Nota atribuída pelo grupo:
9,91

Direção: Orson Welles

 

Roteiro: Herman J. Mankiewicz e Orson Welles

Elenco: Orson Welles (Charles Foster Kane), Joseph Cotten (Jedediah Leland), Dorothy Comingore (Susan Alexander), Everett Sloane (Bernstein), Ray Collins (James "Jim" W. Gettys), Agnes Moorehead (srta. Mary Kane), Paul Stewart (Raymond), Ruth Warrick (Emily Norton Kane), Erskine Sanford (Herbert Carter) , William Alland (Jerry Thompson) e outros.

Sinopse: A história de Charles Foster Kane é claramente inspirada na vida do magnata da imprensa William Randolph Hearst, embora Welles nunca tenha assumido este fato em público. Narrada principalmente em flashbacks, a história é contada por meio da investigação de um jornalista que quer saber o significado da última palavra que o magnata disse antes de morrer: "Rosebud". Este filme estreou com muitos elogios da crítica, mas Hearst encabeça uma campanha para a destruição de todas as cópias do filme. A obra ficou esquecida por alguns anos e não recuperou seu alto investimento, pois fez pouco sucesso de público. Após o final da 2ª Guerra Mundial, o filme chegou à Europa. A crítica principalmente francesa passou a cultuar o filme que foi considerado em muitos rankings como o melhor filme de todos os tempos. O filme é um marco na História do Cinema por conta das realizações estéticas, a narrativa não linear, história contada sob muitos pontos de vista, enquadramentos inusitados para a época e inovações na profundidade de campo. Todas essas propostas estéticas não eram novas. A novidade estava em usá-las todas juntas. e edição bastante sofisticada para a época. Na premiação do Oscar de 1942, recebeu muitas indicações de prêmios, mas ganhou apenas como melhor roteiro original.

 

Sobre o Diretor: George Orson Welles nasceu em Kenosha, Wisconsin, EUA, em 6 de maio de 1915. Sua mãe morreu quando ele tinha 9 anos de idade e seu pai, quando tinha 13. Começou a estudar arte em Chicago e trabalhou como jornalista. Nessa época, também passou a atuar no teatro experimental. Com 19 anos fez sua estreia na Broadway na montagem de Romeu e Julieta. Realizou muitas montagens de Shakespeare no teatro. A partir de 1934, Orson Welles iniciou sua carreira no rádio.
A fama nacional veio com o programa de 30 de outubro de 1938, na Rádio CBS, ao dramatizar com realismo, o texto baseado em A Guerra dos Mundos, um clássico da ficção de H. G. Wells. Usou um formato de um noticiário simulado no qual era anunciado um ataque a New Jersey por marcianos que haviam chegado à Terra. Não percebendo tratar-se de uma encenação, milhares de pessoas entraram em pânico e começaram a fugir de suas casas. Em 1940, Welles assinou um contrato de U$ 225.000 com a RKO para escrever, dirigir e produzir dois filmes. O acordo dava ao jovem cineasta controle criativo total, assim como uma porcentagem dos lucros. Na época foi o acordo mais lucrativo já feito com um cineasta iniciante. Welles tinha apenas 24 anos. O sucesso não foi imediato. Welles tentou adaptar O Coração das Trevas, de Joseph Conrad, mas abandonou o projeto. A audácia da empreitada empalidece em comparação com o que se tornou a verdadeira estreia de Welles: Cidadão Kane (1941). O segundo filme de Welles para a RKO, Soberba (1942), foi uma obra mais convencional e contribuiu para o afastamento de Welles de Hollywood. No fim das filmagens, Welles fez uma rápida viagem ao Brasil para fazer o documentário It’s All True (a reencenação de um episódio que contava a história de quatro jangadeiros terminou com a morte de um deles). O documentário ficou inacabado. Quando ele voltou para os EUA, descobriu que a RKO havia feito sua própria edição do fim do filme. Welles, que renegou o filme, ficou enfurecido. Após um desentendimento público entre o cineasta e a RKO, a empresa conseguiu colocar em Welles o rótulo de difícil e gastador, o que prejudicou a carreira por um bom tempo. Seus outros filmes: O Estrangeiro (1946), A Dama de Xangai (1948), Othello (1952), A Marca da Maldade (1958) e Processo (1962). Welles morreu em 10/10/1985, de ataque cardíaco.

Fontes: https://history.uol.com.br/biografias/orson-welles e https://www.imdb.com/name/nm0000080/  


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