FILME: Não Há Mal Algum
Sinopse: O filme tem como fio condutor uma determinada tarefa estipulada
pelo "Estado", que irá permear a história de quatro pessoas comuns.
Sobre o Diretor: Mohammad Rasoulof nasceu em 16 de novembro de 1972, em Shiraz, no Irã. Formou-se em Sociologia pela Universidade de Shiraz e estudou Montagem Cinematográfica na Universidade de Teerã. Começou a trabalhar em curtas e documentários. Seu primeiro longa, O Crepúsculo (2003), ganhou o prêmio de melhor filme no Festival de Cinema de Fajr, no Teerã, e foi exibido em diversos festivais, como os de Locarno e de Montreal. Seu segundo filme, A Ilha de Ferro (Jazireh ahani, 2005), foi selecionado para o Festival de Cannes, entre outros festivais e recebeu vários prêmios. A partir daí, Rasoulof passou a sentir a pressão da censura do governo iraniano. Ele teve dificuldade para obter permissão para filmagem e, muitas vezes, filmou de forma clandestina. Depois de prontas, suas obras não eram exibidas no território iraniano. Provocativo, dirigiu o documentário Baad-e-daboor (2008), sobre a censura no Irã. Keshtzar haye sepid (2009) conta com o cineasta Jafar Panahi como montador. Em 2010, Rasoulof e outras 14 pessoas, inclusive Jafar Panahi, foram presas durante as filmagens de Adeus. Rasoulof foi condenado a seis anos de detenção, mas a sentença foi reduzida para 1 ano. Ele foi liberado após pagar fiança e conseguiu terminar Adeus (Bé omid é didar, 2011). Até então, Rasoulof lançava mão de metáforas, mitologias ou fatos históricos como forma de disfarçar seu posicionamento político. A partir de Adeus, ele se torna mais explícito na crítica ao governo. Mesmo proibido em seu país, o filme participou de vários festivais ao redor do mundo, recebendo diversos prêmios, entre eles, o de melhor diretor na seção Um Certo Olhar do Festival de Cannes. Em seguida, dirigiu Manuscritos não Queimam (Dast-neveshtehaa nemisoosand, 2013), prêmio FIPRESCI em Cannes, entre outros, e A Man of Integrity (Lerd, 2017), novamente premiado na seção Um Certo Olhar, em Cannes. Em setembro de 2017, quando voltava do Festival de Cinema de Telluride, no Colorado, Estados Unidos, seu passaporte foi apreendido no aeroporto de Teerã. Desde então, Rasoulof está oficialmente impedido de deixar o Irã. |
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