M-8 - Quando a Vida Socorre a Vida

FILME: M-8 - Quando a Vida Socorre a Vida
(M8 – Quando a Morte Socorre a Vida, Brasil, 2020, 84 min)

 

Reunião dia: 24.10.2021
Nota atribuída pelo grupo:
9,45

Direção: Jeferson De
Roteiro:
Jeferson De e Felipe Sholl

Colaboração com o roteiro: Carolina Castro, Iafa Britz, Paulo Lins

 

Elenco: Juan Paiva (Maurício), Mariana Nunes (Cida), Rapahel Logam (M8), Giulia Gayoso (Suzana), Bruno Peixoto (Domingos), Ailton Graça (Sá, funcionário), Zezé Mota (Ilza, da secretaria), Dona Ângela (Léa Garcia), Henri Pagnoncelli (Prof. Djalma), Fábio Beltrão (Gustavo), entre outros.


Sinopse: Maurício acabou de ingressar numa renomada universidade de medicina. Na sua primeira aula, ele conhece M8, o cadáver que servirá de estudo nas aulas de anatomia. Maurício sente maior identificação com o cadáver do que com seus colegas de turma, porque ambos são negros. É com esse incômodo que ele tenta desvendar o mistério da história de M8.
 

Sobre o Diretor: Jeferson De nasceu em Taubaté, SP, em 1968. Estudou cinema na USP, onde foi bolsista da FAPESP com a pesquisa: “Diretores Cinematográficos Negros”. Em 2000, publicou o manifesto “Dogma Feijoada”. Roteirista e diretor dos premiados curtas Distraída para a morte (2001), Carolina (2003) e Narciso Rap (2005). Foi editor e finalizador em projetos na MTV e SBT, entre eles: as séries Vinte poucos anos, Tudo de Bom e Popstars. Em 2003, produziu em São Paulo os programas Brasil total e Central da periferia, exibidos na TV Globo. Em 2005 lançou o livro “Dogma Feijoada e o Cinema Negro Brasileiro”, dentro da coleção Aplauso. Na TV criou e dirigiu, junto à gravadora Trama, o programa Tramavirtual, exibido no canal a cabo Multishow. Em 2007, dirigiu o curta metragem Jonas só mais um para o Projeto da X Brasil para o Marco Universal. Em 2009 funda a produtora Buda Filmes em parceria com a diretora e produtora Cristiane Arenas. Em 2010 seu longa-metragem de estreia Bróder foi selecionado no 60º Festival de Berlim e lançado no Brasil em abril de 2011, tendo recebido o prêmio de melhor filme pela APCA (Associação Paulista de críticos de arte) e 11 indicações no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. O roteiro do filme foi selecionado no VI Laboratório de Roteiros do Instituto Sundance. Em 2013 dirigiu 26 episódios da série Pedro e Bianca para a produtora Coração da Selva, exibido na TV Cultura e ganhadora do Emmy no 2º Emmy Kids Awards e também o Prix Jeunesse Iberoamericano na categoria ficção para 12 anos. Foi diretor da sexta temporada do Conexões urbanas, exibido no Multishow. Em 2014, dirigiu a série Condomínio Jaqueline (Fox/TV Cultura) para a produtora Coração da Selva, e apresentou o programa Mais Direitos, Mais Humanos (TV Brasil). Em 2015 estreou o seu segundo longa-metragem O Amuleto (Paris Filmes/Downtown). Em 2016 dirigiu o longa metragem Correndo atrás baseado no livro de Hélio de la Peña (Europa Filmes/Globo Filmes) com première em 2018 no Pan African Film Festival em Los Angeles e NYFF (New York African Film Festival, no Lincoln Center, NY). Em 2017/18 fez a direção geral das primeiras três temporadas da série infantil Escola de gênios (GLOOB/MIXER). Em 2018 dirigiu a série Malês e o longa M8 – Quando a morte socorre a vida. Em 2021, transformou a série Revolta dos Malês em longa metragem e ainda dirigiu o longa Doutor Gama, sobre o advogado Luiz Gama.

 

Filmografia

Prisioneiro da Liberdade (ainda em andamento)
Doutor Gama (longa, 2021)
Revolta dos Malês (longa, 2021)
Escola de Gênios (Série TV, 2018-2020)
Revolta dos Malês (TV Série – codiretor, 2020)
M-8 – Quando a morte socorre a vida (longa, 2019)
Bom Sucesso (Série TV, 2019)
Segundo Take (Série TV documentário, 2019)
Correndo atrás (longa, 2018)
Condomínio Jaqueline (minissérie TV, 2016)
O Amuleto (longa, 2015)
Pedro e Bianca (Série TV, 2013)
Bróder (longa, 2010)
Narciso Rap (curta, 2004)
Carolina (curta, 2003)
Distraída para a Morte (curta, 2001)
Gênesis 22 (curta, 1999)

Você conhece o Dogma Feijoada?

Dogma Feijoada é um manifesto escrito no ano 2000 pelo cineasta Jeferson De em parceria com Noel Carvalho e outros importantes cineastas, no qual reivindicam novas formas de debater a questão racial e de representar a negritude no cinema.
São pontos importantes:

1) O filme tem que ser dirigido por um realizador negro.
2) O protagonista deve ser negro.
3) A temática do filme tem de estar relacionada com a cultura negra brasileira.
4) O filme tem que apresentar um cronograma exequível.
5) Personagens estereotipados negros (ou não) estão proibidos.
6) O roteiro deverá privilegiar o negro comum brasileiro.
7) Super-heróis ou bandidos deverão ser evitados.

O termo “dogma” foi escolhido como uma brincadeira, baseada no “Manifesto Dogma 95”, movimento do cinema dinamarquês, que propunha um cinema mais realista e menos comercial. A intenção com essa brincadeira foi de provocar uma reflexão e não propor uma doutrina. Entretanto, a agenda de reivindicações é muito séria e expõe a necessidade premente da presença de novos atores sociais no cinema nacional.
Vale ressaltar que o manifesto está integrado à história do movimento negro no Brasil, que luta pela igualdade racial e contra o racismo. O manifesto foi assinado no ano 2000, no período de retomada do cinema brasileiro, na conquista e avanços das políticas públicas para o setor e ao intenso debate sobre o tema. Ao final deste material, você terá referências de vídeos sobre o Dogma Feijoada. (por Rita Leão)

● Veja também a linda entrevista (15 min) da jornalista Alinne Prado com Jeferson De, do Canal NaCachola. Bom para se conhecer melhor o diretor.
https://www.youtube.com/watch?v=d4rHd9qIu5s

Nota: Catálogo da Netflix.


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